Exodus, or the voluntary prisoners of architecture.
my dear berlin wal
Enter the Space Inside a Wall: Two Installations by The Chapuisat Brothers
meme- Guarda
Da primeira Coca-Cola no país às Lajes de americanos “solteiros”
Aprender com os alemães
Narkomfin
Concluindo: conservação, restauro e reabilitação são legítimos desde que se mantenham fieis à noção do Narkomfin como um Futuro Passado. Isso implica conservar-lhe a sua lógica de “martelo”. A alteração do uso não pode pôr isto em causa sobe pena do “martelo” virar “espelho”. Não conhecendo o projecto em profundidade, temo que tal poderá acontecer relativamente à ideia de transformação do Narkomfin em Hotel. Hipoteticamente podemos estar perante um fenómeno de gentrificação. Estamos no entanto perante a invasão de uma lógica capitalista global, transformando uma das mais inovadores experiências no campo da habitação numa experiência mais ou menos lúdica, mais ou menos circunstancial, ignorando o carácter subversivo que o edifício contém no seu ADN e tornando-o em algo dócil e mercantilizado.
A história repete-se, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa
Karl Marx, O 18 de Brumário de Luís Bonaparte
gentrificação (do inglês gentrification) o fenômeno que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é seguida de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos moradores de renda insuficiente para sua manutenção no local cuja realidade foi alterada
«O Arquivo Amnéstico» Punkto # 03 — Nostalgia, Porto, Maio 2013.
A tarefa dos que guardam o arquivo não é por isso, apenas a de garantir a sua longevidade, mas sim a de fazer sobrelevar a sua visibilidade e impulsionar uma hermenêutica dos objectos nele depositados.Ser leitor e espectador de um arquivo obriga a uma escolha e, como se referiu no início deste texto, uma consciência política e crítica que substituía o papel de observador passivo pelo de inquiridor activo. Uma tarefa,exigente e difícil , inequivocamente partilhada por aqueles que têm a responsabilidade de guardar as imagens e de as abrir à instabilidade das perguntas. Quando o entendimento do arquivo se circunscreve a uma descrição e normalização de características físicas e a uma inscrição da imagem como mais um documento, perde-se o privilégio da evidência e a sua capacidade de agir sobre a cultura onde se insere. Perde-se o direito a um lugar que trate a imagem fotográfica e a memória pública como de todos.
A nostalgia, que durante muito tempo e ainda hoje muitas pessoas chamam doença do país, caracteriza-se pela necessidade imperiosa daqueles que a sentem de voltar ao seu país e rever os locais da sua infância; ou seja, pela necessidade urgente de reencontrar o seu primeiro domicílio. Quando impedidos de o fazer, são atormentados pelo desgosto, insónias, falta de apetite e outros sintomas graves.
─ Philippe Pinel, “Nostalgie” Médecine, Encyclopédie Méthodique
Os mapas não são o território porque lhes escapa a subjectividade dos processos territoriais, as representações simbólicas e os imaginários que se lhes referem, e a mutabilidade permanente e a mudança a que estão expostos. Somos nós, as pessoas, que realmente criamos e transformamos os territórios, e não há uma mimese entre a materialidade espacial dos mapas e a percepção imaginária sobre o território, porque este é uma construção colectiva, moldado a partir das formas subjectivas do habitar, do transitar, do perceber, do criar e do transformar.
http://www.revistapunkto.com/2015/09/algumas-consideracoes-acerca-da-pratica.html
através das oficinas de mapeamento colectivo e de dispositivos múltiplos procuramos recriar colectivamente panoramas complexos que aprofundem os olhares críticos e potenciem subjectividades alertadas e emancipatórias, imprescindíveis para a protecção dos bens comuns contra o saque e a depredação, para a luta contra os processos de colonização e privatização do público, e para a constituição de novos mundos.